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Ferramenta afiada

Tendo em vista a constante necessidade de comunicação com nossos irmãos e com a comunidade em geral, estamos lançando mão de mais esta ferramenta para desenvolvermos, da melhor maneira possível, nosso ministério.

 

APLAUSOS NA IGREJA

Por:

Ángel Manuel Rodríguez

 

* Se quiser ler o original em inglês clique no link abaixo:

https://adventistbiblicalresearch.org/materials/practical-christian-living/clapping-church

 

Na minha igreja local é muito comum bater palmas durante o culto. Existe algum apoio bíblico para esta prática?

 

Aplauso durante os serviços religiosos está se tornando cada vez mais popular em muitas de nossas igrejas. Portanto, sua igreja não é a única. Palmas são mencionadas na Bíblia como uma expressão de sentimentos sociais e religiosos. A ideia associada a este gesto nem sempre é aquela que nós associamos em nossa cultura.

Quatro verbos hebraicos são usados ​​para expressar a ação de bater palmas (macha ", nakah, saphak, Taqa '), e todos eles contêm, como seria de esperar, a idéia de golpear algo ou alguém. Eles são usados ​​em conjunto com o substantivo  "mão" (Heb. kaf) para comunicar a ação de bater palmas ("golpear as mãos"). A expressão é utilizada de várias maneiras diferentes.

1.      É uma expressão de alegria com a ascensão do rei: Esta é uma função social do gesto. Quando Joás foi apresentado como o herdeiro legítimo ao trono, aqueles que estavam presentes bateram palmas e gritaram: "Viva o rei!" (2 Rs. 11:02). Um uso religioso é encontrado em Sal. 47:1, onde o salmista convida todas as pessoas a baterem palmas porque o Senhor está sendo proclamado como rei sobre a terra. No Salmo 98:8 as pessoas são exortadas a louvar o Senhor e as colinas a bater palmas, porque o Senhor vem como Rei e Juiz da terra. Mesmo a natureza deve se alegrar diante do Senhor.

2.      É uma expressão de alegria por conta das ações salvíficas de Deus: O retorno do povo de Deus de seu cativeiro na Babilônia é descrita por Isaías como um ato de redenção. O que o Senhor vai fazer para o seu povo exilado é tão maravilhoso e glorioso que mesmo a natureza vai se alegrar. Neste contexto, o profeta personifica as árvores do campo e os descreve como batendo palmas como um gesto de alegria (Is 55:12).

3.      É uma expressão de nojo e raiva: Balak estava irritado porque Balaão abençoou o povo de Israel em vez de amaldiçoa-lo, e ele mostrou essa emoção batendo palmas (Nm 24:10). Ezequiel bateu palmas com nojo depois de ter visto o mal praticado em Judá (6:11). O Senhor bateu palmas em raiva e desgosto como uma reação à ganância e ao sangue derramado por Seu povo em Jerusalém (22:13; 21:14, 17). Esta é uma ação simbólica da parte de Deus que é seguida por Seu julgamento contra os pecadores impenitentes.

4.      É uma expressão de alegria maliciosa: Este significado é encontrado exclusivamente no contexto de inimigos derrotados. Na profecia contra Nínive Deus anuncia que todos aqueles que vão ouvir falar dele baterão palmas sobre a cidade e sua desgraça (Nah. 3:19). Os amonitas bateram palmas e se alegraram com malícia contra Israel quando ele estava sendo destruído pelos babilônios (Ez 25:6). É este mesmo desprezo e hostilidade que aqueles que passam pelas ruínas de Jerusalém manifestaram com palmas (Lam. 2:15). Este gesto foi de fato um sinal de hostilidade e escárnio.

Não há nenhuma evidência clara de que este gesto era parte do culto de adoração no Antigo e Novo Testamentos. Na verdade, eu não encontrei a frase no Novo Testamento. Portanto, não parece haver qualquer paralelo bíblico para o que está acontecendo em nossas igrejas hoje. Você pode me perguntar: Por que fazemos isso? Não estou certo de que há uma resposta. Eu suspeito que nós incorporamos as palmas em nossos cultos de nosso ambiente cultural. Palmas são geralmente associadas com a indústria do entretenimento, mas se tornou muito popular nos serviços religiosos evangélicos televisionados. Talvez nós a tenhamos copiado deles.

Deixando de lado a questão da influência cultural, eu acho que o que realmente importa é que cada pessoa deve estar plenamente consciente das razões pelas quais ele ou ela bate palmas na igreja. Motivação torna-se extremamente importante nesse contexto. É uma expressão de alegria no Senhor e Seu poder salvador? É apenas uma expressão física ou um substituto para o que costumava ser o sonoro "Amém!"? Ou é um reconhecimento do bom desempenho do cantor ou o pregador?

Desta vez, como você pode ver, eu tenho mais perguntas do que respostas!

 

INIMIGOS DO NATAL?

 

Aos irmãos que ficaram “preocupados” e “confusos” com as declarações de certa pessoa influente em sua igreja, só tenho a dizer que leiam, de EGW, O Lar Adventista, págs. 477 – 482, cap. “O NATAL”. Orar para que Deus ajude vosso líder ou para que Ele vos envie homens mais bem preparados também será de grande ajuda.

Ficar associando, reforçando, disseminando ou remontando a origem pagã do natal confunde as pessoas e obscurece seu verdadeiro sentido.  Deixemos que outros enfraqueçam o verdadeiro sentido do natal, não nós. Se os homens, que só veem neste período apelos consumistas se voltarem para a igreja e também verem-na falando mal do natal, para onde correrão em busca de uma maior aproximação de Deus?

Minha sugestão é que sigamos o conselho de Ellen White e utilizemos o natal “para um bom propósito”. Vamos dar muitos presentes para nossos amigos e vizinhos, principalmente livros que falem de Deus e de seu amor redentor. Vamos aproveitar a OPORTUNIDADE para conduzir a mente das pessoas do menino Jesus para o Rei vindouro. Vamos reforçar o MUTIRÃO DE NATAL e arrecadar toneladas de alimentos para os necessitados.

Satanás se alegra quando homens em posição de influência, ao invés de aproveitarem o ensejo natalino para infundir na mente dos homens o amor de Deus, desperdiçam a preciosa oportunidade. Não sejamos neófitos! Vamos aproveitar as oportunidades únicas proporcionadas por estas datas tão especiais. Natal, ano novo, sexta-feira santa, Corpus Christi e outras datas comemorativas são iscas para “pescadores de homens” (Luc. 5:10).

Não lhe parece estranho que, exatamente agora, quando o mundo todo, inclusive os países não cristãos, estejam voltados para o nascimento do menino Jesus e nós, justamente nós, estejamos repudiando o natal? Daqui a pouco alguém vai condenar o evangelismo da semana santa por causa de seu pano de fundo Católico Romano. NÃ!!!

 

ALGUMAS PALAVRAS DE ELLEN WHITE

“Sendo que o dia 25 de Dezembro é observado em comemoração do nascimento de Cristo, e sendo que as crianças têm sido instruídas por preceito e exemplo que este foi indubitavelmente um dia de alegria e regozijo, será difícil passar por alto este período sem lhe dar alguma atenção. Ele pode ser utilizado para um bom propósito.” LA, 478.

“Têm chegado a nós cartas com a interrogação: Devemos ter árvores de Natal? Não seria isto acompanhar o mundo? Respondemos: Podeis fazê-lo à semelhança do mundo, se tiverdes disposição para isto, ou podeis fazê-lo muito diferente. Não há particular pecado em selecionar um fragrante pinheiro e pô-lo em nossas igrejas, mas o pecado está no motivo que induz à ação e no uso que é feito dos presentes postos na árvore.”

 

Para ler os livros de Ellen White online acesse: https://egwwritings.org/

 

152º aniversário do nome “Adventista do Sétimo Dia”

Foi em um dia como hoje (1º de outubro), em 1860, que um grupo de 25 ministros se reuniu com Thiago White, em Battle Creek, Michigan, para escolher o nome do recém-formado movimento religioso. Àquela época os adventistas contavam com cerca de 2.500 membros espalhados pelo Nordeste dos Estados Unidos e Sudeste do Canadá. Hoje reúnem mais de 16 milhões de adultos batizados e operam a maior rede protestante de escolas e hospitais do mundo.

A escolha do nome foi um importante passo para a organização do movimento em 21 de maio de 1863. A iniciativa para a escolha de um nome veio de Thiago White, que, à época, desejava estabelecer legalmente uma editora para o movimento. É importante lembrar que os primeiros adventistas relutaram bastante para adotar um nome. O texto de Gênesis 11:4, “tornemos célebre o nosso nome”, era usado por alguns como base para a não organização do movimento e, consequentemente, para a não escolha de um nome.

O nome ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA foi uma sugestão de David Hewitt. Sua escolha recebeu o seguinte comentário de Ellen White: "O nome Adventista do Sétimo Dia carrega à frente as verdadeiras características da nossa fé, e irá convencer a mente inquiridora." Muitos tinham preferência pelo nome IGREJA DE DEUS, inclusive o próprio Thiago White. Mas logo pensaram que seria um nome um tanto presunçoso. Além do mais, outros movimentos já estavam usando este nome. “Sétimo Dia” é uma referência ao dia de adoração da denominação e “adventista” à Segunda Vinda de Jesus.

O movimento que começou com 2.500 membros cresceu e se espalhou pelo mundo como pode ser constatado no quadro abaixo.

 

 

Em entrevista exclusiva ao nosso blog, diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White Brasil fala sobre o papel e desafios do Centro White em nosso país.

O Dr. Renato Stencel é um paulistano nascido no bairro da Lapa, na zona Oeste de São Paulo, tem 47 anos e é Diretor do Centro de Pesquisa Ellen G. White no Brasil. É casado com Ellen de Albuquerque Boger e tem dois filhos, Allan Boger Stencel (13 anos) e Victor Henrique Boger Stencel (16 anos). Nesta entrevista, concedida ao nosso blog, ele discorre sobre os desafios do Espírito de Profecia no Brasil.

 

Pr. Clodoaldo – O senhor nasceu em lar adventista?

Pr. Stencel – A história de conversão da minha família é muito interessante, porque todos os meus pais, avós e bisavós, eram imigrantes europeus que vieram da Alemanha e da Itália. Todos eram católicos. Sendo assim, o meu pai e a minha mãe foram educados dentro do catolicismo. Até que um dia, o evangelho chegou a nossa família por intermédio de um folheto. O meu primo, filho da minha tia mais velha, irmã da minha mãe, trabalhava como tapeceiro. Um dia passou um adventista lá e entregou um folheto sobre o dia do sábado na tapeçaria dele. Ele leu o folheto e levou para a minha tia. Era um sábado e ela comparou o conteúdo do folheto com a Bíblia e o colocou exatamente em Êxodo 20.  No dia seguinte, domingo, ela foi ao padre e perguntou o motivo pelo qual nós guardávamos o domingo, uma vez que a Bíblia fala que é para observar o sábado. O padre disse para ela “olha, nós não temos a resposta para essa pergunta”. Ela então disse: “mas padre, nós estamos no caminho errado!” O padre respondeu: “siga os adventistas, porque eles têm a verdade”. Depois desse dia ela nunca mais voltou à igreja católica. Começou a receber estudos bíblicos, depois minhas outras tias, minha mãe, meu pai, minha irmã e minha outra irmã. Deste modo, quando nasci, minha família já era adventista.

 

Pr. Clodoaldo – O senhor sempre estudou em escola adventista?

Pr. Stencel – Estudei por onze anos no IASP, em Hortolândia, desde o ensino fundamental até o ensino médio. Depois cursei o ensino superior, de 1987 a 1990, na Faculdade de Teologia, no antigo IAE. Em seguida, de 1991 a 1993, cursei o mestrado, na área de educação, voltado ao ensino religioso, no New Bold College, na Inglaterra. Optei por ir para a Inglaterra por acreditar que a Europa é um ambiente de uma amplitude cultural muito maior do que os Estados Unidos. Quando voltei, assumi a capelania do colégio Unasp, em Engenheiro Coelho, por cinco anos. Também dava aulas no curso de Teologia, Pedagogia, enfim, acabei fazendo muitas coisas nesse período.

 

Pr. Clodoaldo – A partir de que ano o senhor assumiu o Centro White?

Pr. Stencel – Bem, antes disso, em setembro de 1997, fui fundador e editor da revista Escola Adventista. Uma revista semestral e específica para a área de educação. Em 1999 fui o primeiro pastor da pastoral universitária do Unasp, campus Engenheiro Coelho. Depois fui diretor da imprensa universitária e diretor do Núcleo de Integração Fé e Ensino. Em 2001 nós fundamos a revista Acta Científica, que é a revista científica do campus Engenheiro Coelho. Também nesse ano concluí o curso de Pedagogia. Em 2006 concluí um doutorado na Universidade Metodista. Em 2007, o Pr. Alberto Timm [o diretor do Centro White na época] estava muito sobrecarregado e pediu que eu o ajudasse na condução de algumas aulas de História do Adventismo que ele dava no seminário. Enquanto o ajudava, certo dia, no meio do semestre, ele me chamou e fez o convite para dirigir o Centro White, uma vez que ele estava indo para a Divisão Sul-americana. Como eu era professor da área de educação e não estava muito ligado ao Centro White, o convite me pegou de surpresa. Mas, entendi como um chamado de Deus. Comecei a trabalhar zelosamente com vários propósitos. Primeiramente de reformar o Centro White, fazê-lo novo, organizar todo o acervo... É um trabalho gigantesco.

 

Pr. Clodoaldo – Como era sua relação com o Espírito de Profecia antes de se tornar diretor do Centro White?

Pr. Stencel – Desde pequeno meus pais sempre me incentivaram à leitura dos livros do Espírito de Profecia. Com cinco anos de idade tive um sonho que tenho muito claro na memória até hoje. Aliás, duas coisas aconteceram comigo aos cinco anos. Primeiro, foi esse sonho com a volta de Jesus, de uma forma muito clara, muito nítida. Jesus voltando nas nuvens do céu, com anjos e aquele colorido... Marcou a minha vida, como criança e como ser humano. A outra coisa foi o desejo que Deus colocou em meu coração de ser um educador. O meu avô era educador. Ele era um senhor italiano muito culto, embora não fosse de família rica, era muito estudioso, era um autodidata. Não sei realmente se essa influência veio dele, mas aos cinco anos assisti a uma palestra do Pr. Orlando Ritter no Unasp e fiquei tão encantado que disse comigo mesmo: “um dia vou ser um professor como esse homem”.

 

Pr. Clodoaldo – A que o senhor atribui a dificuldade que muitas pessoas têm para ler os livros do Espírito de Profecia? Como anda a leitura dos livros de Ellen White no Brasil em relação a outros países?

Pr. Stencel – Se você olhar de uma forma global, o Brasil é um dos países que mais lê o Espírito de Profecia e um dos que tem menos problemas em relação a ele. Não apenas o Brasil, mas a própria América do Sul em si. Os países hoje que tem mais problemas com o Espírito de Profecia são os países por onde Ellen White passou.

 

Pr. Clodoaldo – E em relação aos jovens?

Pr. Stencel – Em relação aos jovens há um problema de desconhecimento. Porque se as gerações antigas não passarem aos jovens a responsabilidade, e os conteúdos, e a importância, e o valor da leitura do Espírito de Profecia, eles não vão ler. Na maioria dos casos a opinião e os valores dos mais velhos exerce influência sobre os jovens da igreja. Mas para que isso aconteça é necessário que haja intenção, motivação e exemplo por parte dos mais velhos. Agora, se você ficar calado, o jovem vai fazer suas escolhas sem a imprescindível influência dos mais experientes. Então, há, em certo sentido, uma falha, naquilo que eu chamaria rito de passagem. Ou seja, as gerações mais antigas não estão valorizando os escritos do Espírito de Profecia. E aí quando eu digo valorizando, eu quero dizer pregando dos púlpitos, incentivando nos cultos jovens, fazendo seminários, nos cultos de quarta-feira, nos cultos evangelísticos de domingo. Então, quando o Espírito de Profecia é trazido para a igreja há bênçãos ilimitadas. Agora se nós não incentivarmos sua leitura na igreja, as novas gerações vão passar como se ele não existisse. Repousa sobre nós, líderes da igreja, a responsabilidade de passar às novas gerações a importância da leitura e do estudo da revelação profética através da Bíblia, em primeiro lugar, e do Espírito de Profecia, como um complemento dela. Então eu vejo esse como sendo o grande desafio. Hoje é muito comum você ouvir falar que pastores e pregadores pregam mais de Max Lucado do que de Helen White. Usam mais os devocionais de autores evangélicos do que Helen White. Enquanto isso, o livro O Desejado de Todas as Nações é o mais pesquisado pelos pastores evangélicos, nos Estados Unidos, sobre a vida de Cristo. Os batistas, metodistas, luteranos, presbiterianos, etc. Todos esses pastores, quando vão fazer um sermão sobre a vida de Cristo, pesquisam no livro O Desejado de todas as Nações. É uma obra realmente inspirada por Deus, que foi premiada várias vezes e em vários lugares do mundo, inclusive.  Dizem até que várias partes do filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, foram baseadas nesse livro. Então, eu não diria que há um problema hoje. O problema vai existir se nós não valorizarmos e não dermos atenção a esse assunto. E isso, pastor, vale não só para esse como para qualquer outro assunto. Concluindo, eu diria que nossa maior necessidade hoje é de liderança. Provérbios 29:18 diz: “não havendo profecia o povo se corrompe”. Outra tradução diz: “Não havendo liderança, o povo se corrompe”. Então, onde não existem líderes, a igreja afunda. E afunda coletivamente. E de onde vem a liderança espiritual? Vem da revelação profética! Da Bíblia e do Espírito de Profecia. Então, se os nossos jovens estão aquém das nossas expectativas é porque não estão recebendo a devida atenção em relação ao legado profético de nossa igreja.

 

Pr. Clodoaldo – O senhor tem filhos? Que idade eles tem?

Pr. Stencel – Tenho dois. Victor Henrique, de 16 anos e Allan César, de treze anos.

 

Pr. Clodoaldo – Como tem sido sua própria experiência como pai nesse “rito de passagem”?

Pr. Stencel – A despeito da idade deles, nós os temos incentivado à leitura do Espírito de Profecia. Além disso, eles são desbravadores e desenvolvem outras atividades que exigem leitura de vários livros. Temos procurado ser vistos por eles, em casa, lendo os livros do Espírito de Profecia. Acreditamos que isso fala muito ao coração deles.

 

Pr. Clodoaldo – Certa vez um irmão de nossa igreja afirmou que não gostava de ler os livros do Espírito de Profecia porque eles o metiam medo. A que o senhor atribui essa situação?

Pr. Stencel – Nós devemos entender que para ler os escritos do Espírito de Profecia precisamos de alguns critérios hermenêuticos, ou seja, de interpretação.  Quais são esses critérios? Basicamente eles consistem em entender um texto, dentro do seu contexto, dentro de sua época, para quem foi escrito e para qual momento da história aquilo foi escrito.  Compreendendo que a profecia pode ter uma dupla aplicação, tanto para o tempo do profeta quanto para o tempo futuro.  Em primeiro lugar, esse medo que muitas pessoas têm de ler o Espírito de Profecia deriva, muitas vezes, de uma leitura fora do contexto. Em segundo lugar, muitas pessoas temem encontrar ali uma verdade que vai conflitar com seu estilo de vida. A pessoa, nesse caso, teme descobrir uma verdade que ela não pratica. Ela teme ser desafiada pela revelação profética a mudar algum aspecto de sua vida. Ainda mais quando se pensa que a Bíblia não vai levar em conta nosso tempo de ignorância.

 

Pr. Clodoaldo – Ou seja, a pessoa pensa que é melhor não saber, pois assim não poderá ser cobrada por Deus, no juízo, por aquilo que não sabia. Seria, portanto, uma espécie de doutrina da justificação pela ignorância?

Pr. Stencel – Risos.

 

Pr. Clodoaldo – Qual o maior desafio do Centro White hoje?

Pr. Stencel – Sempre foi e continuará sendo despertar nos membros, pastores e líderes da igreja o interesse pela leitura, aplicação das verdades ali contidas, pela difusão desses escritos e por sua preservação.  Da mesma forma como nós não podemos mudar a Bíblia, também não podemos mudar o Espírito de Profecia. Traduzir uma palavra de outra maneira, um conteúdo de outra forma, a gente tem que preservar a verdade.

 

Pr. Clodoaldo – Identidade é um termo bastante em voga em nosso meio nos dias atuais. O senhor concorda que o próprio fato de esta questão estar em evidência é motivo de preocupação para nossa igreja nos dias atuais? Sendo o que nós chamamos de adventista de berço, o senhor tem percebido, ao longo desses anos, alguma mudança em nossa identidade?

Pr. Stencel – Sim. E esse é um assunto bastante delicado, pastor.

 

Pr. Clodoaldo – Em sua opinião quais dessas mudanças têm sido mais danosas para nosso movimento.

Pr. Stencel – Em suma, nós temos sido muito bons em ganhar almas, mas temos sido muito fracos em preservá-las. As últimas estratégias evangelísticas que temos adotado em nosso país, e na Divisão, foram muito boas para receber os membros. O Pr. Bullón com sua equipe de evangelistas exerceram um papel fundamental, primoroso, maravilhoso nesse processo. Mas, possivelmente, nesse afã de conquistar almas, as igrejas não foram preparadas para receber tantas pessoas a fim de serem preservadas como membros adventistas. Então, os números de batismo cresceram, mas esse grupo não foi cuidado. Essas ovelhas não foram trabalhadas como deveriam, no sentido de preservação. Creio, portanto, que ao se pensar em uma campanha evangelística, deve-se trabalhar primeiro com a estrutura interna da igreja. Deve-se preparar a igreja, antes de tudo, para depois entrar com o evangelismo. Para que essas almas que entram pela porta da frente não saiam pela porta do fundo.  Outra coisa, quando vamos dar estudos bíblicos, nós não podemos trabalhar de uma forma muito imediatista. Ou seja, temos que respeitar o tempo de cada pessoa. Deus respeita o nosso tempo. Pode ser que uma pessoa entenda toda a extensão do evangelho em um espaço curto de tempo.  E pode ser que outros levem um ano ou dois anos para compreender. E nós temos que respeitar. Enquanto isso, devemos estar orando e fazendo a nossa parte. O Espírito certamente também fará a dEle. Quando o Espírito toca o coração da pessoa e há conversão, a pessoa se rende a Cristo. Ellen White é muito clara nesse assunto. Devemos respeitar o tempo de cada pessoa. Você tem razão ao afirmar que a questão da identidade é um assunto muito atual. Outro tópico bastante preocupante, respondendo ainda sua pergunta, é a influência evangélico-carismática que a gente vem sofrendo dentro dos nossos arraiais. O culto, a música, o estilo de pregação, as manifestações na adoração, levantar a mão, bater palma...

 

Pr. Clodoaldo – O senhor quer dizer bater palmas no horário do culto, no sábado pela manhã, por exemplo?

Pr. Stencel – Eu digo bater palmas por uma razão escusa, por uma razão qualquer. “Palmas para essa pessoa!” Então você transforma a sua igreja em um auditório. Não é mais um lugar sagrado aonde você vai adorar a Deus. Eu acho que as palmas dentro de um contexto sagrado, reverente, não tem um efeito ruim. Mas quando se tornam algo popular ai a coisa complica. Essa visão carismática que hoje permeia a sociedade brasileira através dos canais de televisão, Edir Macêdo, R.R. Soares, Valdomiro Santiago e outros dessa linha pentecostal que, muitas vezes, pregam, mas, por outro lado, fazem um monte de outras coisas estranhas no culto... Às vezes os adventistas acham aquilo interessante e querem fazer a cópia.  Alguns pastores adventistas chegam até a afirmar que nosso culto é muito formal, muito triste, muito fechado, que devemos trazer mais alegria...

 

Pr. Clodoaldo – Estão comparando com...

Pr. Stencel – Estão comparando com o modelo de culto carismático que está permeando a igreja hoje. Já ouvi pessoas falarem assim: “você ouviu a pregação daquele pastor fulano de tal, daquela igreja?” Do Edir Macêdo, por exemplo. “Não, não ouvi”. “Ele prega melhor que fulano de tal da igreja. Ele fala a verdade. Ele faz isso e aquilo”. Então, há comparação, entendeu? Infelizmente. E, veja, esses canais são canais abertos e cobrem todo o nosso país. Ou seja, estão disponíveis aos nossos irmãos de todo o Brasil. A tendência do irmão que assiste a esse tipo de adoração é trazer aquela realidade para nossa igreja. Ele pode querer copiar aquela realidade. Mas nós não podemos perder nosso RG, nossa identidade.

 

Pr. Clodoaldo – Já que estamos falando de identidade, o que significa ser adventista do sétimo dia?

Pr. Stencel – Amigo, ser adventista do sétimo dia é o que diz em Apocalipse 14:12, “os que guardam os mandamentos de Deus e tem o testemunho de Jesus”. Adventista do Sétimo Dia é um nome muito, muito forte. Guardamos os mandamentos de Deus, ou seja, observamos todos os princípios e normas que Deus estabeleceu e temos o testemunho de Jesus. Quer dizer, damos o testemunho de Cristo e da sua breve volta a este mundo. O seu juízo que vai ser revelado a esta terra. Ser adventista é isso e ainda mais, como Jesus diz em João 13:34-35, “novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei...”  O mundo só vai conhecer a Jesus, e nós só vamos dar um testemunho claro, vivo e autêntico de Cristo, se manifestarmos o amor de Cristo de um para com o outro. De um membro para com o outro membro, de nós para com nossos vizinhos, também em nosso trabalho. Quando as pessoas virem o amor de Cristo em nós, vão ser tocadas e vão chegar ao conhecimento da verdade. Pelo amor de Cristo que nos toca, nos constrange, que nos move. Isso é ser adventista! Agora, os mandamentos são uma parte importante de nossa doutrina.

 

Pr. Clodoaldo – Como o Senhor vê o legalismo e a chamada “graça barata” em nosso meio?

Pr. Stencel – Acredito que pode haver alguns nichos de legalismo em alguns lugares da geografia nacional. Pode existir. É um risco. Mas, eu entendo que, de certa forma, a igreja adventista entende muito bem a doutrina da justificação pela fé. E ela é muito bem difundida dentro da igreja. É interessante observar que o juízo de Cristo de Apocalipse 14, que é a última mensagem de salvação que o mundo vai receber da boca de mortais, é uma mensagem de graça, de amor, de fé, de esperança, de justificação dos pecados pela fé em Cristo Jesus. O Juízo de Apocalipse 14 não é de destruição, de terror... Não! Essa é uma má interpretação do juízo de Apocalipse 14. O juízo aí é uma verdade de salvação, perdão. De acordo com 2 Pedro 3:9, Deus quer salvar a todos.

 

Pr. Clodoaldo – Qual a região do Brasil que mais compra os livros do Espírito de Profecia?

Pr. Stencel – De acordo com os dados estatísticos, até por razão populacional, a região Sudeste é a que mais consome esse material em termos absolutos.  A região sudeste e o sul do Brasil. Agora, proporcionalmente falando, há uma situação no mapa brasileiro onde existe uma igualdade. Em termos proporcionais, não há uma discrepância entre as regiões brasileiras. Não existe esse negócio de dizer que o Norte consome pouco e o Sul consome tudo. Não, não existe isso. No entanto, e isso tem que ficar bem claro aqui nessa entrevista, toda localidade, tanto em nível nacional, como internacional, que tem vivido os princípios revelados pelo Espírito de Profecia tem crescido abundantemente, surpreendente. Por outro lado, as localidades que tem rejeitado o Espírito de Profecia, como Europa e algumas localidades nos Estados Unidos e Ásia, a igreja tem decrescido de forma tremenda.

 

Assisti, recentemente, a um novo documentário de longa metragem, “Seventh-Gay Adventists” [Algo como Adventistas do Sétimo Gay], que explora "as aventuras espirituais de três indivíduos que lutam com a difícil questão de conciliar suas identidades religiosas e sexuais." Originalmente concebido como um filme “sobre questões controvesas” – com uma ampla gama de perspectivas – o projeto evoluiu para sua forma narrativa final.

Os produtores Daneen Akers e seu marido Stephen Eyer são realmente qualificados contadores de história e o tom gentil do filme suaviza seu título, um tanto ríspido. Os temas do filme incluem dois casais macho-macho, fêmea-fêmea, juntos a bastante tempo, e um novo casal: um homem jovem e seu namorado que virou noivo. Somos transportados para dentro de suas vidas diárias – enquanto fazem compras no supermercado, fazem o jantar, sua adoração familiar, participam da Escola Sabatina – de um modo que se sente tudo muito familiar, se não mundano. A mensagem é clara: casais homossexuais são exatamente como qualquer outro, e devem ser acolhidos e amados por nossas igrejas, jamais deixados de fora no frio.


A cena mais emblemática do filme é o casamento dos dois jovens [ambos homens] diante do olhar  amoroso, porém em conflito de suas famílias. "Esta tem sido uma jornada também para nós", comenta o pai, um oficial da Igreja. " Não era isto o que tínhamos imaginado para David”.


O que esse filme faz muito bem é ajudar quem o assiste a ver o povo gay como... povo. Estes seis adventistas não são apenas gays, eles também são inteligentes, engraçados e amáveis. E embora o filme não retrate suficientemente isso, eles têm desafios de relacionamento, assim como você e eu. Na projeção da qual participei, a sala estava cheia de pessoas emocionais que claramente ressoavam com as três estórias que estavam sendo contadas na tela.

Mas eu me peguei desejando uma quarta história. Aquela em que um gay adventista ama alguém do mesmo sexo, mas que ama a Escritura mais ainda. Em 2009 Wayne Blakely – um adventista que, após 37 anos em um estilo de vida homossexual, recomprometeu sua vida com Cristo e escolheu o celibato – perguntou aos produtores se sua história poderia ser incluída no filme. “Pareceu-me evidente,” escreve ele em seu site, knowhislove.com, “que eles não estavam procurando quaisquer testemunhos de pessoas atraídas por pessoas do mesmo sexo” que tenham sido redimidas e que estejam escolhendo viver sexualmente puros por meio de Cristo.

Quando perguntei aos cineastas por que um gay adventista celibatário não foi incluído, Akers disse que finalmente decidiu que o foco do filme deveria ser sobre adventistas cujos estilos de vida homossexuais estavam em conflito com a posição da Igreja, porque o conflito é o que faz uma história.

Então não há conflito suficiente em um gay adventista celibatário cuja carne e espírito diariamente estão em guerra? Cuja corajosa postura bíblica voa na cara da cultura contemporânea? Ironicamente, ainda são os gays adventistas sendo deixados de fora no frio, só que agora são os gays adventistas que escolheram a pureza sexual.

Blakely não é a única voz da pureza – de modo algum. Seu website aponta para outros adventistas redimidos, homens e mulheres, os quais colocaram seus destinos eternos à frente de tendências de curto prazo. Um novo e belo livro de memórias, “Out of a Far Country”, escrito por um gay, Christopher Yuan, e sua mãe, Ângela, também clama por pureza das prateleiras das prinecipais livrarias. Essas histórias são as verdadeiramente heróicas.

Não incluir nem mesmo uma delas desmente a mensagem mais sutil deste filme: A aceitação do estilo de vida gay. Akers e Eyer dizem que são favoráveis às relações homossexuais, contanto que elas sejam comprometidas e monogâmicas. "Como pode um Deus de amor", diz Eyer, "pedir às pessoas para não estar em um relacionamento amoroso?"

É uma difícil pergunta que cada vez mais adventistas estão sinceramente fazendo. Mas Deus não é apenas um Deus de amor, Ele também é um Deus de santidade, e ele nos chama para ambos, durante nossa permanência temporária neste planeta atormentado pelo pecado. Quando qualquer um de nós luta com uma tendência para o pecado, como todos nós lutamos, a última coisa de que precisamos é que aqueles a quem foi confiada a própria Escritura nos digam: "Vá em frente, faça!"

A qual das outras tendências relacionadas em Romanos 1 os defensores do estilo de vida gay encorajariam as pessoas que estão lutando contra elas se entregarem? Adorar as coisas criadas? Ganância, inveja, homicídio, contenda? A fofoca, a calúnia, a insolência, arrogância? Desonra aos pais, crueldade, impiedade? Por que é só essa tendência [o homossexualismo] que está agora ok para ser praticada? Por que ela não machuca mais ninguém? Ou por que ela machuca apenas aqueles que a praticam?

* Andy Nash é professor de jornalismo, pastor e autor do livro Deus, um livro de memórias espiritual. Este artigo foi publicado em 19 de julho de 2012 na Adventist Review, a Revista Adventista americana. Achei o assunto atual e com boa argumentação, por isso decidi traduzí-lo para os leitores de nosso blog.

 

 

UNIVERSITÁRIOS ADVENTISTAS

 

O importante aumento dessa classe, em nossas igrejas, tem mudado significativamente a face de nossas comunidades cristãs. Mas em que resultará esse crescimento? Mais dificuldade ou mais soluções?

Lembro-me, como se fosse hoje, o dia em que ouvi pela primeira vez um irmão dizendo que a porta de entrada da universidade “era a mesma coisa que a porta de saída da igreja”.  Embora este pensamento possa parecer absurdo aos jovens do século XXI, ele floresceu abundantemente em muitas comunidades evangélicas Brasil afora até não mais que vinte ou trinta anos atrás. Havia uma espécie de “acadêmicofobia” em alguns lugares. Durante muito tempo as únicas pessoas que haviam sentado em cadeira de escola de nível “superior” em nossa igreja, lá no bairro da Redenção, eram nossos pastores e, eventualmente, suas esposas. Foi com uma pitada de orgulho e curiosidade que, na década de oitenta, recebemos, em nossa igrejinha, o primeiro jovem universitário. Foi realmente um marco histórico em nossa comunidade.

Talvez ainda não seja possível atestar a extinção dos “academicofóbicos” ou similares em nosso meio, entretanto, é notório que muita, mas muita coisa mesmo mudou de lá para cá. Nossas igrejas estão cada vez mais recheadas de estudantes. Entre graduados, pós-graduados e universitários há mais de trinta membros, somente em uma das igrejas de nosso distrito. A correnteza mudou de sentido e agora são os diplomas de ensino superior que exercem pressão sobre nossa juventude. E não poderia ser diferente. Segundo um documento divulgado recentemente pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), ter curso superior, no Brasil, resulta em um aumento de 156% nos rendimentos. O mercado de trabalho, evidentemente, tende a tornar-se mais seletivo, acirrando cada vez mais a disputa por vagas em todas as áreas.

Toda essa “corrida do ouro” em busca do “canudo” tem sido alavancada pelas muitas possibilidades educacionais da atualidade. Além das instituições públicas, multiplicam-se, por todo o país, faculdades particulares onde, além dos programas convencionais, é possível estudar em casa, pela Internet, aos fins de semana, em cursos semipresenciais, etc. Tudo isso sem falar na poderosa rede educacional mantida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia. Aquilo que antes era visto com desconfiança, hoje se tornou altamente desejável.

 

Quando Collor, no início da década de 90, abriu a economia brasileira, houve uma enxurrada de produtos importados por aqui. Até então, a maioria das pessoas que possuía computador no Brasil tinha um XT, monocromático, com 20 megabytes de disco rígido. Uma piada, comparada às configurações vendidas atualmente. Lembro-me de ter dito ao meu chefe, que à época resistia ao uso de micro computadores no escritório, ser aquele um processo irreversível que não nos deixava muitas alternativas. Da mesma forma, o aumento da escolaridade de nossos jovens é um processo irreversível, que exigirá de todos nós uma nova postura, um novo olhar sobre aqueles que sentam nos bancos de nossas igrejas. A procura por posicionamentos éticos, sociais, teológicos e científicos tende a aumentar e precisaremos estar prontos para atender a esta demanda. Carecemos de programas efetivos e específicos para arregimentar e movimentar todo o poderio desse exército acadêmico em prol do cumprimento de nossa missão como igreja. Nesse contexto cabe uma frase do grande pastor e professor Antonio Moisés de Almeida: “Precisamos ser, buscar e apresentar respostas e soluções simples. Mas jamais devemos ser vistos como povo simplório. Devemos ser simples, mas nunca simplórios”.

 

Esse grupo esclarecido, com maior poder aquisitivo, mais exigente e mais influente na igreja e na sociedade não está mais restrito às grandes cidades. O crescimento econômico que nosso país tem vivido certamente tem muito a ver com isso. A crescente demanda por estacionamento, aqui mesmo em nossas congregações do interior é, certamente, um sintoma dessa nova face de nossa membresia. Toda essa transformação sócio-educacional trás consigo seus desafios, assim como suas muitas oportunidades. O cristão acadêmico, detentor de diploma universitário ou pós-graduado é, por natureza, mais questionador. Isso, contudo, não significa que seja menos espiritual ou menos engajado. Seria, de fato, uma falácia atrelar a vida espiritual à condição financeira ou educacional de pessoas religiosas. Essa massa formadora de opinião pode, de fato, se converter em uma ferramenta afiada nas mãos de Deus, desenvolvendo um serviço muito mais eficaz, relevante e abrangente em favor de Sua obra.

O primeiro encontro de universitários da AMA realizado pela décima região, aqui na cidade, é um bom exemplo de iniciativas visando organizar, fortalecer e municiar esse grupo. Realizado no Centro da Juventude de Timon, nos dias 22 e 23 de junho, o programa contou com a participação do associado para universitários da Ama, Prof. Daniel Saraiva, do Pr. Luiz Rogério, dos professores Rafael Christi e Reginaldo, além dos pastores distritais Elton Batista e Clodoaldo Corrêa. Na ocasião foi formalizada a SUAT – Sociedade dos Universitários Adventistas de Timon, tendo como presidente o Prof. Miguel Costa, os jovens Juvenal e Adailson como associados, e os pastores distritais como conselheiros.

Uma vez que tanto a Bíblia quanto o legado literário de Ellen White apontam fortemente na direção do pleno desenvolvimento humano, precisamos fazer desta uma questão importante em nossas igrejas.  Não custa lembrar que para a escritora, acima citada, “a verdadeira educação significa mais do que avançar em certo curso de estudos. É muito mais do que a preparação para a vida presente. Visa o ser todo, e todo o período da existência possível ao homem. É o desenvolvimento harmônico das faculdades físicas, intelectuais e espirituais” (Educacao, 13).

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17/07/2012 15:25
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